FMM Sines revela cartaz da sua 25ª edição

O FMM Sines comemora a sua 25ª edição entre os dias 18 e 26 de Julho com um programa musical composto por 48 concertos de artistas de quatro continentes.

África é um continente com forte representação na edição deste ano. Da costa oeste, o FMM Sines recebe Youssou N’Dour (na foto) e Orchestra Baobab, duas lendas do Senegal, Rokia Traoré enquanto um dos nomes essenciais da música maliana, Pamela Badjogo do Gabão e Article15 da República Democrática do Congo. Do sul e do leste africano chegam os Mokoomba do Zimbabué e Sarah Halgan, voz emergente no reconhecimento da Somalilândia como registado no recente disco Hiddo Dhawr.

Os países africanos de língua oficial portuguesa são representados por dois veteranos, o angolano Bonga e o moçambicano Roberto Chitsonzo, e dois nomes da nova geração cabo-verdiana, Fidjus Codé di Dona e Fábio Ramos.

Já no polo americano, chegam do Brasil um grupo histórico do movimento mangue, Nação Zumbi, a “artivista” Bia Ferreira e a guitarrista Gabriele Leite. Ëda Diaz e Ácido Pantera representam a Colômbia, Sara Curruchich carrega a cultura maia da Guatemala, Julieta Venegas surge no cartaz como uma das principais cantautoras mexicanas e Max Romeo é uma lenda do reggae jamaicano.

Nesta 25ª edição do FMM Sines destaca-se também uma boa dose de música asiática, desde o funk indonésio de Ali à tradição modernizada do interior chinês via Taiga, o canto sufi indiano de Warsi Brothers e a electrofolk iraniana de Kamakan. Da Anatólia chega a voz de Selin Sümbültepe e destaque ainda para dois representantes da Palestina, o cantor Bashar Murad e a banda 47Soul.

Em destaque na representação Europeia está o histórico e emblemático coro da música búlgara, The Mystery of the Bulgarian Voices, acompanhado por Georgi Andreev e um quarteto de cordas.

Dos países nórdicos a atenção centra-se no encontro entre o saxofonista sueco Mats Gustafsson e o acordeonista finlandês Kimmo Pohjnonen. Já do lado ocidental da Europa, com muita presença da diáspora, o festival vai receber o jazz multicultural londrino de Kokoroko, o ska neerlandês de Bazzookas, o solo de um artista belga nascido na Bolívia via Susobrino, uma banda francesa com ligações a Marrocos como Zar Electrik e um artista norte-americano radicado em França, Mick Strauss.

Ainda da Europa ocidental, o FMM Sines vai receber a música progressiva dos anos 70 dos franceses Tago Mago, ou o nome não nos levasse imediatamente para os Can, um cantor alternativo marroquino a viver na Suíça, Sami Galbi, e ainda a música da região italiana da Apúlia, Maria Mazzotta e Kalàscima. Da vizinha Espanha chega o folclore murciano de Maestro Espada e a marca galega n’A Pedreira e Zeltia Irevire.

Na representação nacional aposta-se na diversidade, desde a pop de Lena D’Água, a reinvenção da música tradicional com Ana Lua Caiano, o novo espectáculo de Capicua intitulado Um Gelado Antes do Fim do Mundo, o projecto de percussão dançante de Bateu Matou e a revelação de Miss Universo.

O cartaz fica completo com artistas que ligam Portugal a outros países de língua oficial portuguesa, como Luca Argel do Brasil, Fidju Kitxora de Cabo Verde e Umafricana de Guiné-Bissau.

Como habitual, a música arranca com entrada livre em Porto Covo onde o festival reside durante os primeiros três dias. Passadas as actividades para Sines, é aí que o festival se concentra de 21 a 26 de Julho entre concertos no Centro de Artes de Sines, Largo Poeta Bocage, Pátio das Artes, Avenida Vasco da Gama e o Castelo de Sines. Apenas os concertos da noite no interior do Castelo não são de entrada livre.

Os bilhetes já se encontram à venda, com o bilhete diário a ir dos 15 aos 25 euros. Existe um passe de fim-de-semana para 25 e 26 de Julho por 40 euros e ainda um passe geral para todos os concertos no Castelo de Sines por 75 euros. Os mesmos podem ser comprados online na BOL e fisicamente nos locais habituais associados.