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Esta semana: Taylor Swift e a mais imponente digressão do ano passam pelo Estádio da Luz

Com uma digressão a bater recordes, o fenómeno Taylor Swift passa pelo Estádio da Luz esta semana, garantindo duas datas em Lisboa na mão europeia da “Eras Tour”, a mais imponente digressão do último par de anos.

Nessa tour destacam-se várias cidades repetidas em duas ou três noites de estádios, justificadas pela extensa procura de bilhetes na altura do anúncio: uma constante nos Estados Unidos e, sequencialmente, também o foi na Europa. Em Portugal será mesmo a estreia de Taylor Swift, nos dias 24 e 25 de Maio, somando-se ainda mais motivos para cimentar o sucedido – até porque esta deveria ter acontecido em 2020, ano da pandemia, quando estava confirmada para actuar no NOS Alive.

De 2020 para cá, parece que tudo mudou. Taylor passou de sensação de headliner para domadora global e estrela maior da pop americana, apesar dos contornos tanto apontarem para a country e a folk, nas origens, como para o rock alternativo, mais recentemente. Foi nesse mesmo ano que, com os esforços de Aaron Dessner dos The National e o seu colaborador de longa data Jack Antonoff, lançou Folklore e Evermore, dois discos que deram uma guinada na sua carreira. No ano antes havia aberto uma disputa sobre os direitos dos masters dos seus primeiros seis álbuns com a sua antiga editora, Big Machine Records. O resultado? Taylor regravou os discos e editou-os entre 2021 e 2023 de forma estendida, incluindo uma Taylor’s Version de 1989, disco que desfilou singles como “Shake It Off”, “Blank Space”, “Bad Blood”, “Wildest Dreams” ou “Style”.

Em paralelo editou Midnights em 2022, disco concebido enquanto synthpop e bedroom pop, como quem diz ‘ideias nascidas a partir de insónias ou de noites mal dormidas’. A resposta foi total na crítica mas especialmente na vertente comercial, onde se destacou largamente e comprovou a sua relevância pública ao fim de 18 anos de carreira, ultrapassando assim a longevidade dos picos de carreira de nomes como Rolling Stones, David Bowie, Bob Dylan, Bruce Springsteen ou U2 de acordo com o jornal The Guardian.

Em 2024, mesmo a tempo de somar mais umas canções ao extenso alinhamento que deverá percorrer nos dois concertos em Lisboa, editou The Tortured Poets Department, um disco mais polarizante entre elementos da crítica dado ao formato formulaico definido nas colaborações com Jack Antonoff. Mas pouco importa quando a verdadeira métrica da pop está no nome: a popularidade. Essa mantém-se no auge.

Na primeira parte desta digressão melómana que atravessa a Europa estão os Paramore, que trazem consigo menos de uma dezena de canções para tocar (ao contrário das mais de 40 de Taylor Swift). A amizade que une Hayley Williams, voz de sempre e ícone da banda, e Taylor Swift resulta em pedidos expressos da estrela pop que acabou por introduzir “Misery Business”, single que mostrou a banda ao mundo, no alinhamento na Suécia. Mas há mais a reter, como a estupenda versão de “Burning Down The House” dos Talking Heads feita a propósito de Everyone’s Getting Involved, um álbum de tributo ao magnânimo Stop Making Sense.

Na mesma semana em que um corpo celeste atravessou os céus da Península Ibérica, alegando-se durante umas horas a queda de um meteorito em Castro Daire, há outro fenómeno a atingir Portugal. Desta vez será em terra, com muitos mais vídeos e fotografias para o fazer. Não se falará de outra coisa nas redes sociais e existirão experts suficientes nas páginas de Wikipédia para conseguir mais informação sobre Taylor Swift. Os swifties andam por aí e os números falam e falarão por si, sejam eles quais forem para medir o impacto da estrela no Estádio da Luz.