É esta quinta-feira, 15 de Dezembro, que Marina Herlop apresenta Pripyat na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa.
A artista catalã é descrita como uma pianista, um resquício da sua formação clássica que evolui para a electrónica contemporânea. Pripyat é, na verdade, o seu terceiro álbum mas o primeiro produzido num computador. Os apreciadores dos seus trabalhos anteriores, Nanook (2016) e Babasha (2018), podem encontrar a mesma elegância vocal e o piano melancólico e viciante neste novo registo. A isso somam-se graves aguçados e batidas minimalistas para dissecar outras músicas, como o caso da carnática indiana na faixa “miu”, assim como guitarras fraccionadas e cortes vocais percurssivos.
Podemos falar de várias intersecções da música tradicional espanhola com a batida contemporânea, que Marina Herlop é um dos nomes que surge à cabeça deste cruzamento. Já Pripyat foi editado pela PAN, label associada aos rasgos transgressores de Arca, Eartheater ou Yves Tumor. Na primeira parte do concerto em Lisboa estará Canadian Rifles, moniker a solo do músico experimental madeirense Rui P. Andrade, sediado no Porto e ao leme da Eastern Nurseries. Sonicamente flutua de forma subtil entre a electrónica de textura pesada e drone e as melodias sedutoras do ambient mais catártico e paisagista.
Os bilhetes, ainda disponíveis, têm o custo de 10 euros e podem ser adquiridos na BOL e locais habituais associados.
Para além deste concerto, a ZDB destaca outros na sua agenda musical. Nos dias 25 e 26 de Dezembro há «Fuck Christmas, I Got The Blues», evento já habitual de The Legendary Tigerman que regressa ao aquário da sala do Bairro Alto. A partir de Fevereiro, a ZDB vai ainda receber billy woods, Wolf Manhattan, Sorry ou Alex Zhang Hungtai, entre outros.
Marina Herlop tem também um novo concerto agendado em território português, em Abril e no festival açoriano Tremor.