No fim-de-semana de 18 e 19 de Novembro, o Maus Hábitos, no Porto, e o Café-Concerto do Teatro de Vila Real recebem a terceira edição do Vivarium, festival dedicado à exploração de múltiplos planos de intersecção entre o orgânico e o tecnológico, propondo às duas cidades um programa de concertos, performances, exposições e conversas.
Mantendo a aposta na diversidade de expressões artísticas e origem geográfica dos participantes, esta edição do Vivarium é também marcada pela experiência da diluição da distância entre as duas cidades, recorrendo ao intercalar entre os eventos ao vivo que acontecem em cada espaço com a transmissão streaming do que se está a passar no espaço congénere. Isto permitirá ao público desfrutar do festival na íntegra.
Em destaque na programação musical está a colombiana Lucrecia Dalt (na foto), que apresentará no Maus Hábitos o seu novo álbum Ay!, aclamado sucessor do último No era sólida. Também este ano a compositora sediada em Berlim assinou a banda sonora de The Seed, filme do realizador Sam Walker. O compositor e artista sonoro Sote, importante na difusão da música electrónica no Teerão, e o artista audiovisual Tarik Barri, reconhecido pelas suas colaborações com Thom Yorke e Nicolas Jaar, apresentam também no Porto a performance Majestic Noise, desenvolvida durante a pandemia. Também no Porto destacam-se o concerto de Luís Fernandes e a performance de Carincur, intitulada Echos from a liquid memory – Prototype Version, e o clubbing de VOLT e Transition.
Em Vila Real o maior destaque vai para Mai Mai Mai, projecto do italiano Toni Cutrone, com o seu mais recente álbum Rimorso, editado este ano, e para o compositor e artista visual Tatsuru Arai, aposta da música abstracta e geométrica. Menção ainda para as performances Apotome de Khyam Allami e ToxiCity de Inês Tartaruga Água, assim como a exposição Paisagens finitas ou memórias de um lugar onde não fui de Mariana Vilanova, presente tanto em Vila Real como no Porto.