A tour "Sombra" chegou ao fim, terminando em apoteose no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre, com o público vibrante e extasiado ao som dos MOONSPELL.

MOONSPELL: O cair do pano da “Sombra”

A tour “Sombra” chegou ao fim, terminando em apoteose no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre, com o público vibrante e extasiado ao som dos MOONSPELL.

Sombra” foi um sucesso, percorrendo e enchendo salas por Lisboa, Arcos de Valdevez, Guimarães, Porto, Alcochete, Leiria, Ílhavo, Caldas da Rainha, Guarda, passagem e término em Portalegre.

O espectáculo no CAEP começou à hora marcada com a actuação dos OPUS DIABOLICUM, banda tributo aos MOONSPELL, quinteto formado por André Pontífice, Diogo Penha, Tiago Rosa, Válter Freitas (violoncelistas) e Miguel Oliveira (percursionista). Interpretado músicas do MOONSPELL e uma faixa original, iniciaram assim o que prometia ser uma quente e longa noite no clima frio Alentejano.

Terminada a actuação dos OPUS DIABOLICUM, fez-me uma curta pausa para a entrada em cena do último espectáculo de “Sombra”. Os OPUS DIABOLICUM juntaram-se assim às angelicais CRYSTAL MOUNTAIN SINGERS (coro feminino) e entram em cena com Fernando Ribeiro, Mike Gaspar, Ricardo Amorim, Pedro Paixão e Aires Ferreira, treze músicos/interpretes que viriam a deitar abaixo o grande auditório do CAE de Portalegre.

Portalegre aderiu, esta cidade quando quer sabe receber e a banda sentiu isso desde que entrou em palco (talvez até ao entrar nesta terra). A assistência estava composta por uma mescla muito interessante, o metaleiro firmado e confesso misturava-se com o simples curioso do estilo, estava tudo encaminhado num espectáculo para eclécticos!

O concerto começou calmo, como previsto, fazendo-se soar uma intro para medir o pulso à assistência. Isto era o que os MOONSPELL prometiam:

Entre a Luz e a Escuridão nasce esta “SOMBRA” que vem sublinhar a riqueza melódica do Metal, estilo capaz de abraçar influências como o gótico, o étnico e o electrónico e desmistificar a ideia redutora que muitos têm do género. Mais do que uma proposta para os fãs da banda e curiosos do estilo, este espectáculo destina-se também a um público aberto a novas sonoridades e abordagens.

Missão cumprida! Por cá, os MOONSPELL e companhia arrebataram!

A sala estava quase cheia, o público interagiu com a banda quase em todas as faixas, o Fernando Ribeiro provou mais uma vez ser bom orador conseguindo trazer as pessoas à sua aura através das palavras, a banda irrepreensível, um pequeno reparo talvez aos coros femininos, talvez do cansaço não sei, por vezes falhou a afinação, nada que estrague a melodia mas é algo que se sente nestes modernos e sonorizados auditórios.

O alinhamento foi um revisitar de quase todos os álbuns, à partida estariam sempre dependentes da melodia da música e dos próprios arranjos que poderiam ser feitos, nesse sentido a banda teve que procurar faixas que se encaixassem no sentido “Sombra“. O alinhamento do concerto foi o seguinte:

  • Intro
  • Handmade God
  • The Southern Deathstyle
  • Wolfshade (A Werewolf Masquerade)
  • Disappear Here
  • Opium
  • Awake
  • Can’t B
  • 2nd Skin
  • Magdalene
  • Scorpion Flower
  • Luna
  • Mute
  • Alma Mater
  • Senhores da Guerra
  • Fullmoon Madness

Em suma, excelente concerto, excelente plateia, excelente público, uma noite em que todos os factores se uniram em uníssono para celebrar uma das maiores e mais influentes bandas Portuguesas no mundo. A banda está forte e consolidada como nunca, prepara novo álbum para 2011 e segue o rumo a que já estão habituados, o sucesso! Parabéns aos MOONSPELL, aos OPUS DIABOLICUM e às CRYSTAL MOUNTAIN SINGERS.

No início da próxima semana, não percam aqui na RUÍDO SONORO a entrevista com Mike Gaspar, baterista dos MOONSPELL.