Sabotage Club, do futuro incerto à programação que aí vem

Em comunicado oficial, o Sabotage Club confirmou o seu futuro incerto, em resposta ao artigo lançado pelo jornal Público na semana passada. Existe mesmo a forte possibilidade de fechar as portas da sala do Cais do Sodré nos próximos meses, com o edifício em que se encontra a ficar destinado a residências turísticas. O comunicado pode ser lido na íntegra no fundo deste artigo.

Fica o apelo a sugestões de espaços, por quem conseguir contribuir, para que o Sabotage Club prossiga a sua actividade regular, como o tem feito desde 2013, noutro local.

Para já, mesmo com futuro incerto, sabe-se muito do que vai acontecer até ao final do ano. Neste mês de Setembro há actuações marcadas de Um Corpo Estranho (dia 13), de Nestter Donuts (dia 19), do encontro Talea Jacta & Electric Moon (dia 20), Pás de Problème (dia 21), The Black Wizards (dia 26), The Walks (dia 27) ou Fuzzil e Mr. Mojo (dia 28). Uma agenda que evidencia bem a convergência no rock e todas as linhas adjacentes que o tocam, quase como um reflexo daquilo que tem sido a programação regular da sala.

Mas há outros concertos, mas adiante, a reter. É o claro exemplo de The Mystery Lights, que apresenta Too Much Tension! a 5 de Novembro, ou o regresso aos álbuns de 10 000 Russos, que nos mostram o seu terceiro álbum a 26 de Outubro. Os americanos High Reeper e Cryp Trip (28 de Outubro), Asimov e My Master The Sun (16 de Novembro), os eslovenos Omega Sun (21 de Novembro) e Jesus The Snake e Desert Smoke (22 de Novembro) preenchem outra parte da agenda de cariz stoner e psicadélico.

O garage é outra vertente bastante visitada pelo Sabotage Club, sendo um raro espaço de Lisboa onde se pode visitar esse espírito único do rock de nível global – do México chegam Las Pipas de la Paz e Carrion Kids (3 de Outubro), de França os Les Lullies (11 de Outubro), do Brasil os Psilocibina (12 de Outubro) e de Espanha os Los Nastys (15 de Novembro).

O ano não poderá acabar sem um dos nomes da “casa”, The Parkinsons, que a 19 e a 20 de Dezembro repetem a dose quase-natalícia de punk e caos, com a esperança de que em 2020 o Sabotage Club possa subsistir noutras quatro paredes, mas com a força que tem tido ao longo destes anos.