Playlist: O que andámos a ouvir durante a semana

Porque não é só de novos lançamentos que se faz uma playlist, todas as semanas quatro membros da nossa equipa contam-nos o que andam a ouvir. Esta é a primeira colheita. 

 

Rita Cipriano • Bloody Kisses – Type O Negative

type_o_bloody_kissesPassámos a correr. Do lado esquerdo estava a praia, e no rádio tocava Type O Negative. O álbum era o Bloddy Kisses, e a “Christian Woman” tocava a berros lá para os lados de Carcavelos. Fazia anos que não ouvia Type O Negative, confesso. Tinha-me esquecido deles. Da voz gutural do Peter Steele, dos teclados, do ambient. Não há muito a dizer de um álbum que é um clássico desde 93, e uma obra-prima dentro daquele Rock Gótico esquecido e que já não se faz. Não façam como eu – não o deixem esquecido durante anos no fundo de uma gaveta.

Nuno BernardoIn Humor and Sadness – ’68

coverO adeus prematuro, ou premeditado, dos The Chariot abriu portas a um novo projecto de Josh Scogin – ’68. O nome é pouco apelativo, mas juntando a sua voz e guitarra ao baterista Michael McClellan, este novo capítulo projecta uma estranha fusão de Noise, Blues e Hardcore. É o Rock. “Regret not.”, dizem eles na soma do nome das faixas. Mesmo com saudades da violência gratuita de The Chariot, estes ’68 dão pão à boca para matar a fome e este disco tem rodado imenso por aqui.

David MatosV – Voyager

IAV1401_Voyager_V_cover1A fusão de Power com Prog está mais que batida e roça o esgotamento completo de ideias. São espécimes raros como este V dos Voyager que vão mantendo esta onda sonora viva, onde se prova que a simplicidade, neste caso aliada a um toque de modernismo, dá geralmente mais frutos que complexidade sem nexo. A boa composição, com temas de fácil audição mas sempre interessantes, e uma brilhante execução técnica são a chave para o sucesso num género que navega num mar de banalidades e clichés.

João VinagreBegriede Des Zauberer – Demetori

thumb-6cc1d931823e92175a562aa55afbfab7-É impossível haver música, ao mesmo tempo, pesada e alegre? Com influências, ao mesmo tempo, antigas e modernas? Num álbum instrumental? Pois é isto mesmo que os Demetori apresentam. Num registo (quase) progressivo, este projecto Japonês apresenta-nos diversas interpretações de temas da banda sonora de Touhou Project, uma série de videojogos com origem no Japão. Riffs e melodias que teimam em não sair da cabeça, qualidade técnica (muito) acima da média e um exotismo característico do seu país de origem; estas são as qualidades que caracterizam este Begierde Des Zauberer.