IN MOURNING – The Weight Of Oceans

Banda: In Mourning
Álbum: The Weight Of Oceans
Data de Lançamento: 18 de Abril de 2012
Editora: Spinefarm Records
Género: Progressive/Melodic Death Metal
País: Suécia

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Membros:

Tobias Netzell – Voz, Guitarra
Björn Petterson – Voz, Guitarra
Tim Nedergård – Guitarra
Pierre Stam – Baixo
Christian Netzell – Bateria

Alinhamento:
01. Colossus
02. A Vow To Conquer The Ocean
03. From A Tidal Sleep
04. Celestial Tear
05. Convergence
06. Sirens
07. Isle Of Solace
08. The Drowning Sun
09. Voyage Of A Wavering Mind

Foi na Suécia, há já uns bons anos, que se afirmou o death metal melódico (o típico som de Gotemburgo, leia-se), através de nomes como At The Gates, In Flames ou Dark Tranquillity, direccionando imensos fãs para este tipo de sonoridade. Ao mesmo tempo, uns tais de Opeth aliavam o metal progressivo às guitarras acústicas e ao death metal de uns Morbid Angel para desenvolver um estilo quase único e inconfundível. Esta chama olímpica que a Suécia carrega tem sido algo esquecida, mas os In Mourning são voluntários para fazer a tocha brilhar novamente. “The Weight Of Oceans” é então uma boa ligação das quatro bandas referidas, variando entre a onda de Gotemburgo e as bonitas passagens que fizeram dos Opeth uma banda de culto.

Sendo este o terceiro álbum da banda – e também o mais cuidado, diga-se – atinge então um pico de maturidade que a banda parecia procurar. Para trás ficaram as suas raízes no metal gótico e redefiniram as ideias do seu “Monolith”, algo que a primeira faixa denuncia: funciona quase como um resumo do que está para vir ao longo de uma hora. O single ‘A Vow To Conquer The Ocean’ deverá ser, provavelmente, das faixas mais em foco para este 2012 – desde o emotivo refrão ao bonito solo, passando por uns surpreendentes breakdowns que farão inveja a uns Bring Me The Horizon, por exemplo. É um daqueles temas orelhudos que não deve escapar a quem decidir tentar este “The Weight Of Oceans”. Na sua extensão temos então um sem-fim de melodias para serem entoadas e um feeling quase familiar, tal é a capacidade de composição da banda que não é tão jovem assim. Já são doze anos de carreira que se encontram, finalmente, cimentados e registados, tal que o talento está todo presente e as suas influências foram digeridas e transformadas em algo minimamente próprio (ainda que ouvir ‘From A Tidal Sleep’ sem lembrar a banda de Mikael Åkerfeldt é quase impossível). A sua produção, a cargo de Jonas Kjellgren é um enorme ponto de foco, roçando a perfeição – cada batimento, cada acorde e cada palavra são escutados na maior definição que o estilo permite.

Este álbum vai directamente para a estante dos marcos da história do death metal melódico, escrevendo um novo episódio no metal sueco. Há muito que uma banda do género não se destacava acima da média.

// Nuno Bernardo

 Classificação: 90/100