“The Eighth Plague” Tour – Machine Head + Bring Me the Horizon + DevilDriver + Darkest Hour @ Coliseu dos Recreios, Lisboa, 17/11/2011

Na passada quinta-feira, o Coliseu dos Recreios recebeu a “The Eighth Plague Tour”, que passou pelo Porto no dia seguinte. Com os americanos MACHINE HEAD como cabeças de cartaz e bandas como BRING ME THE HORIZON, DEVILDRIVER e DARKEST HOUR a aquecer o público, a enchente já era esperada. Por volta das 7h a sala não estava cheia, mas estava bem composta para receber a primeira banda.

Os DARKEST HOUR, oriundos de Washington, DC, são uma banda  já com alguns anos de carreira (talvez até com mais uma década que os sub-protagonistas da noite, BRING ME THE HORIZON) e, embora o seu início de carreira não os tenha levado muito longe, a banda recebeu inúmeras críticas positivas relativas aos seus últimos álbuns. Os americanos subiram ao palco à hora marcada e deram um concerto “rápido” e sem rodeios. O vocalista, John Henry, puxou pelo público e os guitarristas também se chegaram à frente, durante os “riffs” e solos mais “melt facing”. O som lembrava uma mistura de post-hardcore com metal, mas com uma actuação assim, até os mais puristas passaram um bom bocado. Apenas ficámos com a sensação que a meia hora que tocaram soube a pouco.

A seguinte banda a entrar em palco foram os californianos DEVILDRIVER. Esta foi criada em 2002 pelo ex-vocalista da banda de Nu-Metal, COAL CHAMBER,  Dez Farara. O Death Metal Melódico (e por vezes Groove Metal) da banda inspirado em bandas como Opeth (que passará por Portugal amanhã) ou In Flames (que passaram por cá em Setembro), alargou o circle-pit e deu gás ao crowd surf, embora os seguranças não estivessem a gostar da ideia. Foi a actuação mais pesada e agressiva da noite, mas tudo no bom sentido. Só a iluminação deixou um pouco a desejar.

O início da actuação dos BRING ME THE HORIZON (que tinham muito público mais novo na primeira fila à sua espera, tendo até direito a uma bandeira portuguesa “personalizada”), foi um pouco mais demorado. Os jovens de Sheffield apresentaram um espectáculo um pouco mais emotivo e interactivo que as bandas anteriores. A setlist baseou-se no seu álbum mais recente (que é de longe o melhor trabalho da banda, tal como se pode ver em temas como “Blessed with a Curse”, “Visions” (que ficou fora da setlist) e “It Never Ends”) e em “Suicide Season”, deixando para trás o primeiro disco da banda (e para muitos o pior), “Count your Blessings”. Foi tocado um remix dubstep da música “Sleep with One Eye Open” e durante  a música “Chelsea Smile” o vocalista da banda, Oli Sykes, pediu a primeira Wall of Death da noite, para acabar o concerto em grande. No entanto, a voz do mesmo não se encontrava no melhor estado, tal como o som das 3 bandas que tocaram antes dos headliners, Machine Head.

Por volta das 22h, já todos tinham saído dos empregos e a sala já se encontrava completamente cheia. Os Machine Head começaram o concerto sem grandes demoras, iniciando o espectáculo com o tema “I Am Hell”. A partir daí a plateia ficou ao rubro e não houve nada que parasse ninguém, a festa tinha oficialmente começado. O último registo da banda, Unto the Locust, esteve muito presente no alinhamento do concerto. A admiração da banda com a recepção do mesmo, por parte do público, estava estampada nas suas caras. Foi sem dúvida o melhor concerto da noite, tudo estava certo: a execução, a atitude, o espectáculo de luzes, o som e, acima de tudo, o ambiente. Os inúmeros sing alongs, circles pits, crowd surfs e etc caracterizaram o concerto que teminou com “Halo” e “Davidian” após um encore.

Esperamos que este espetáculo mostre às promotoras que vale a pena ter estas tours a passar pelo nosso país!

Set List Machine Head : 

I Am Hell (Sonata in C#)
Be Still and Know
Imperium
Beautiful Mourning
The Blood, the Sweat, the Tears
Locust
This Is the End
Aesthetics of Hate
Old
Darkness Within
Bulldozer
Ten Ton Hammer
Encore
Halo
Davidian

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Texto e fotografia por Manuel Casanova.

Agradecimentos: Everything is New